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Conab Safra 2017/18 - Quinto levantamento, Brasília, p. 1-140 fevereiro 2018.

De acordo com o levantamento, realizado junto às principais regiões de produção, no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, a comercialização da nova safra segue lenta devido ao pouco interesse dos compradores. A mesma situação vem ocorrendo em São Paulo, onde os corretores da ?Bolsinha?, principal centro de formação de preços do produto, alegam um fraco giro da mercadoria, com sobras diárias de amostras que circulam nas mãos dos comerciantes, o que demonstra pouco interesse na aquisição do produto ofertado, principalmente do grão de qualidade inferior (manchados, brotados, deformados, elevada umidade e bandinhas).


Conab Safra 2017/18 - Quinto levantamento, Brasília, p. 1-140 fevereiro 2018.

Feijão-comum cores

 De acordo com o levantamento, realizado junto às principais regiões de produção, no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, a comercialização da nova safra segue lenta devido ao pouco interesse dos compradores. A mesma situação vem ocorrendo em São Paulo, onde os corretores da ?Bolsinha?, principal centro de formação de preços do produto, alegam um fraco giro da mercadoria, com sobras diárias de amostras que circulam nas mãos dos comerciantes, o que demonstra pouco interesse na aquisição do produto ofertado, principalmente do grão de qualidade inferior (manchados, brotados, deformados, elevada umidade e bandinhas). Portanto, ninguém está disposto a empatar capital na formação de estoques, mesmo que seja pequeno, apesar das notícias de que a safra deve ser menor do que a esperada devido não somente pela redução da superfície cultivada, mas principalmente pela queda na produtividade em razão das más condições climá- ticas, observadas em quase todos os estados da Região Sul do país, durante o ?pico? de colheita, comprometendo ainda mais a qualidade do grão novo, o mais disputado pelas indústrias de empacotamento. Nas zonas de produção, a oferta do tipo extra está escassa, e a maior parte do volume ofertado é de produto comercial. Os preços se encontram em queda, gerando um forte descontentamento dos produtores. Eles estão apreensivos com a atual condição de preços que, em parte, significa prejuízos para alguns que investiram na cultura, procurando realizar todos os tratos culturais exigidos pela cultura, visando manter a qualidade do grão. No Sul do país, a segunda safra está em curso, ocupando cerca de 25% da área estimada para o plantio. A tendência é que a superfície a ser cultivada fique em torno de 10% abaixo da safra anterior em razão dos baixos preços de comercialização. Caso as condições climáticas sejam adequadas, a produção poderá até superar a safra pretérita, que foi prejudicada pelo excesso de chuvas na colheita.

Por outro lado, os compradores continuam brigando por melhores preços (mesmo com diferencial da qualidade), alegando dificuldades no repasse de qualquer elevação na atual conjuntura. A comercialização vem enfrentando o mesmo gargalo, qual seja, o varejo. Diante desse fato, os empacotadores estão negociando de acordo com as suas necessidades de abastecimento, mesmo cientes de que os estoques ainda são baixos, com o risco de o produto ficar mais caro diante do quadro de oferta mais apertado. Segundo as indústrias de empacotamento, qualquer elevação nos preços de mercado só deverá ocorrer se houver um aquecimento na demanda, e isso, no momento, deve ser descartado pelo fato de que estamos numa época de baixo consumo, ocasionado pelo perí- odo de férias escolares. Cabe frisar que, com as cotações em declínio, muitos comerciantes usam a estratégia de escalonar as compras na expectativa de valores mais em conta, e o mercado dá sinais de enfraquecimento em razão da baixa qualidade do grão e da concentração da colheita no Sul do país. No Paraná, as adversidades climáticas verificadas em praticamente todo o mês de janeiro, período de concentração da colheita, além de ter afetado a qualidade do produto, deve resultar numa expressiva quebra da produção. Provavelmente em fevereiro deve ocorrer uma melhor demanda, e o volume colhido na primeira safra seja insuficiente para manter o mercado em equilíbrio, abrindo espaço para uma recuperação dos preços ao produtor. Dessa forma, depois do carnaval, quando o consumo voltar à normalidade e o quadro de oferta ficar mais definido, é que poderemos ter uma melhor avaliação do comportamento dos preços do produto.

Feijão-comum preto

 No mercado atacadista de São Paulo, os preços apresentaram uma forte elevação em vista do controle das ofertas e, principalmente, do excesso de chuvas que limitou a quantidade de produto de boa qualidade, destinada ao mercado. A primeira safra se encontra no ?pico? da colheita. Quanto a segunda safra, a semeadura começou no início de janeiro, atingindo, no Paraná, cerca de 25% da área estimada ao cultivo. As lavouras atravessam as fases de germinação e desenvolvimento vegetativo.

Suprimento

 O consumo nacional tem variado nos anos de 2010 a 2015, entre 3,3 e 3,6 milhões de toneladas, recuando para 2,8 milhões de toneladas em 2016, o menor registrado na história em razão do elevado aumento dos preços provocado pela retração da área plantada e principalmente pelas condições climáticas adversas. No trabalho em curso, optou-se por um consumo de 3,3 milhões de toneladas, ou seja, o mesmo registrado na temporada anterior. Desta forma, prevê-se o seguinte cenário: computando as três safras, a estimativa da Conab chega em uma produção média de 3.280 mil toneladas, o que representa uma variação negativa de 3,5% em relação à temporada 2016/17. Partindo-se do estoque inicial de 260,5 mil toneladas, o consumo de 3,3 milhões de toneladas, as importações em 120 mil toneladas e as exportações de 125 mil toneladas, resultará em um estoque de passagem na ordem de 235,5 mil toneladas, o que corresponde a cerca de um mês de consumo


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