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Feijão preto segue com preços estagnados mesmo após o fim da colheita
Volume de oferta é grande, consumo permanece em queda e próxima safra já preocupa produtores
Com o fim da colheita do feijão preto nas principais regiões produtoras do país, o mercado ainda atravessa um período de grandes desafios. Apesar dos bons volumes colhidos, os preços seguem baixos e o escoamento das mercadorias é lento, gerando incertezas para toda a cadeia produtiva.
De acordo com relatos do setor, parte dos volumes colhidos foi diretamente para os armazéns, sem destinação definida para empacotadoras, o que aumentou os estoques em poder de comerciantes locais e grandes empresas. Esse movimento contribuiu para uma estagnação nas negociações e dificulta a valorização do produto.
Durante o pico da safra, é comum que empresas antecipem aquisições aproveitando a queda nos preços. No entanto, essas compras foram feitas com retirada parcelada, o que reforça a sensação de pouca movimentação atual, ainda que o abastecimento já tenha sido realizado.
Atualmente, mesmo com baixa reposição e facilidade no acesso às ofertas, o mercado não demonstra perspectiva de aumento nos preços nos próximos dois meses. A expectativa por reajustes esbarra na queda contínua do consumo doméstico ? um fator estrutural que o setor vem enfrentando há décadas.
Nas lavouras do Paraná, por exemplo, os preços oscilam entre R$ 90,00 e R$ 110,00 para feijões de menor qualidade; entre R$ 120,00 e R$ 130,00 para o tipo comercial; e até R$ 150,00 para produtos considerados ?extra?, com peneira mais alta.
Enquanto isso, os produtores já começam a se planejar para a safra de verão, que tem início previsto para a segunda quinzena de setembro.
A decisão sobre variedades e percentuais de plantio está sendo acompanhada de perto com preocupações com os custos crescentes de insumos, sementes e assistência técnica. Essa necessidade de capital de giro pode, inclusive, influenciar em novos ajustes nos preços praticados nas próximas semanas.
Historicamente, a entressafra é um período em que o mercado apresenta pequenas oscilações e valorização pontual. Contudo, em 2025, o cenário segue desfavorável: o consumo retraído e o volume alto de estoque reduzem o otimismo. A tendência é de que o mercado continue operando em ritmo lento, exigindo cautela dos produtores e detentores de oferta quanto ao momento certo para comercializar seus produtos.
Rose Almeida
Negócios & Mercado
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